Sério. Fosse eu acadêmico de psicologia, toda minha tese seria baseada nessa frase. Como não sou, vou tentar desenvolver estes convenientes conceitos. Serve para a vida. Minhas referências são apenas as minhas experiências diárias de humilhação e derrota existencial.
Amor eu não sei o que é, mas basta ver as letras do Chico Buarque pra saber que não é coisa boa. Talvez pela necessidade de amor romântico promovida pela cultura pop (sim, é duro admitir, mas a Britney Spears tem sua parcela de culpa), saímos por aí com o único objetivo de: encontrar o amor. Na busca pelo mozão-ideal, nos desiludimos com o mozão-empírico, e acabamos morrendo numa overdose de Nutella e de filmes como Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Evite.
Paixão é quando você fica verdadeiramente obcecado pelo cidadão. Quando você, sem perceber, muda seu dekstop para fotos com baixa resolução da pessoa amada. Quando você passa a relacionar qualquer assunto ou tema em voga na atualidade ao jovem em questão ("Meu Deus, preciso avisar a ele da crise do petróleo no Oriente Médio!"). Geralmente dura em torno de 3 dias a 3 meses (dados reais). Tem mais a ver com dad/mom issues que com a pessoa em si, mas é bem prejudicial. Evite.
Fogo no rabo é talvez o fenômeno mais comum dessa tríade. Beyoncé e Marquês de Sade firmaram cada um toda uma carreira só abordando este tema, então não há muita necessidade de discorrer sobre. Como é algo que pode ser facilmente confundido com os outros dois conceitos já citados -- a gente nunca sabe com qual extremidade do corpo está pensando --, precisamos analisar tudo muito bem. Deus sabe a quantidade de coisas pouco edificante que fazemos só por acúmulo de fogo. Dito isto, reflitamos: se você, após ~confraternizar~ com o cidadão, sentir apenas vontade de ir para casa com um pano preto cobrindo a cara, tal qual um black bloc numa manifestação na Avenida Paulista, não se engane; é fogo no rabo.
Poderia falar longamente sobre isso (é muita mágoa), mas rola toda uma preguiça. Na próxima aula iremos aprender a diferenciar o mozão-ideal do empírico e queimar nossos exemplares do Nicholas Spark.
Poderia falar longamente sobre isso (é muita mágoa), mas rola toda uma preguiça. Na próxima aula iremos aprender a diferenciar o mozão-ideal do empírico e queimar nossos exemplares do Nicholas Spark.
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