segunda-feira, maio 26, 2014

Acho que fico meio retardado sempre que alguém demonstra interesse por mim. Provavelmente é só medo da solidão ou qualquer coisa do tipo, mas sempre que alguém insiste em sair mais de uma vez comigo, perco minhas habilidades motoras e começo a formular frases incoerentes e desnecessárias no Whatsapp.

Não que eu seja um Jovem Werther que se apaixona no primeiro elogio que recebe -- ok, isso é discutível. Mas é que sempre que alguém se interessa por mim, eu começo a querer me interessar pela pessoa também. Geralmente dá certo: fico dias, às vezes semanas, obcecado pelo cidadão, pensando no que ele deve estar pensando, se ele já está me achando awkward (questionamento frequente). Óbvio que isso é muito pouco saudável, mas Tom Hansen moldou o meu caráter.

No final das contas é sempre a mesma coisa: vergonha, amargura, humilhação. O cansaço de estar sempre só, a vontade de viver coisas novas, a inveja do Tom e da Summer nos primeiros dos 500 dias -- tudo isso provoca em mim um efeito bizarro, como uma menina nervosa num recital da 5ª série. Conversando com alguns amigos há um tempo, concluí que devo ser mais fierce, vislumbrando, claro, o exemplo da esposa do Jay-Z. Fácil na thesis, difícil na práxis: se tem algum cara a fim de mim, eu não sei fazer muito mais além de me constranger, de o constranger, de nos constranger. Aceito conselhos e tapas na cara, necessariamente nessa ordem.

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