sexta-feira, janeiro 21, 2011

Não sei se tem alguém aí, mas vamo lá, né?


Dia 01: Filme preferido.
Esse é realmente um tópico complicado. São tantos filmes maravilhosos (deixando claro que pra mim filme maravilhoso é aquele que faz meu olho chorar hidrelétricas ou me deixar hipnotizado) que eu já assisti ao longo dos meus modestos quinze anos que escolher só um não é fácil - principalmente porque filme é uma coisa que a cada sexta-feira tem pelo menos uns trinta novos. Até ontem eu poderia jurar que meu filme preferido era Nine. Mas aí veio uma enxurrada de filmes novos ((pra mim)) que eu acho que a listinha já tá mudada (coisa de babaca ficar fazendo listinha disso, mas eu nunca disse que eu não sou um). Então, depois de muitas reflexões filosóficas, há uma suposição que o meu filme favorito seja:

vocês podem me julgar agora
As Canções de Amor, filme de Christophe Honoré (que também fez A Bela Junie que eu achei um tanto quanto chato, mas não se pode ter tudo), conta a história de Ismaël, namorado de Julie e de Alice. Vai tudo muito bem nesta alternativa relação a três até que uma tragédia acontece entre eles. O filme é dividido em três partes: a Partida, a Ausência e o Recomeço, as fases da relação deles e da vida de Ismaël. Além de ser um musical, é um filme francês ((NÃÃÃO)), o que tende a afugentar algumas pessoas. O ritmo e as cores oscilam entre o alegre e o melancólico, tendo uma maior presença desse último. Aliás, o próprio alegre do filme não deixa de ser um pouco melancólico por motivos que são mostrados no início e no fim da primeira parte.


As músicas são belíssimas e se encaixam no filme tão bem quanto diálogos, até as que parecem mais distantes da história (numa reunião de família eles cantam uma música sobre um cupido e sobre a chuva de Paris, algo para ilustrar a solidão). Os personagens cantam porque não conseguem se expressar de outra maneira. O filme é narrado num tom meio cotidiano, valorizando o acaso e todas as coisas que podem acontecer através dele. As Canções de Amor é um conto sobre amor, cumplicidade, ciúme, solidão e melancolia. Outro ponto positivo do filme é que ele encara a sexualidade de uma forma incrivelmente natural. Filmes que abordam esse tema geralmente erram por ter um tom muito de documentário narrando cada detalhe do assunto ou o tratam de uma forma tão cotidiana e banal que aquilo torna-se quase que uma fantasia. Em As Canções, os personagens vivem essa sexualidade sem muitos tabus, mas é honesto o bastante para haver uma discussão sobre o assunto. O filme tem umas das cenas de sexo mais bonitas que eu já vi e é de uma sutileza única.


Então, é isso aí. Desculpa se o post de hoje não ficou exatamente engraçadinho nem nada, mas quem se importa, não é mesmo galero.

5 comentários:

  1. hum...se vc não tivesse falado q era musical eu ia jurar ser um dakeles dramas, ultra dramas em q todos chora, e se for americano ganha o oscar....

    PRa escolher o filme favorito eu passo pelo mesmo drama, desde 2008 sempre respondi "quem quer ser um milionário" mas depois dever Across the universe [q como tinha te falado antes, só descobri 4 anos depois do lançamento... aff, qnt tempo perdido] não tenho certeza de mais nada nessa vida

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  2. Nunca vi e aqui onde eu moro vai ser difícil encontrar, mas parece ser bom. Enfim, tem um meme lá no meu blog pra você. Olha lá http://temnomenenhumtwo.blogspot.com/

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  3. Vou procurar assistir, será que acho online? Beijos:)

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  4. Tá ai uma crítica linda que eu nunca vou conseguir fazer. Quando me perguntam sobre um filme que vi, digo: ruim, bom, muito bom, foda. Numa escala de qualidade muito bem definida, é claro.

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  5. Ual, quem diria... Um musical? Não sou muito fã deles, apesar de ter gostado demais do Sweeney Todd, do Johnny Depp.

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